Hoje está completando 1 ano que a emissora de Silvio Santos, voltou a reprisar as novelas de Thalia. A novela que deu início a essa série de reprises, foi “Marimar”, que foi um verdadeiro sucesso no Ibope, colocando o SBT por diversas vezes em primeiro lugar na audiência, depois disso foi substituída por outro grande sucesso, “Maria do Bairro”, que continuou com os excelentes números nas tardes do SBT. Atualmente no ar, está a primeira Maria de Thalia, “Maria Mercedes” que continua na vice liderança, porém com números não tão alto como o de suas antecessoras.
Desenho “Popeye” amarga baixa audiência
Será que foi uma boa decisão trocar o “Muito +”, de Adriane Galisteu, pelo desenho antigo ”Popeye”?, parece que não faz muita diferença. Nesta quarta-feira (17) o desenho marcou baixa audiência, deixando a Band em quinto lugar.
De acordo com dados prévios do Ibope, ”Popeye” marcou 1,5 de média, perdendo para RedeTV! que marcou 2,3 pontos no confronto direto, no mesmo período a Globo liderou com 7,8, o SBT ficou na vice com 5,8, e a Record com 5,4 pontos.
* Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na grande São Paulo.
Real Time – SP / Globo com baixíssima audiência
Estreia de “A Fazenda de Verão” é adiada
A Record já começa a fazer mudanças em sua programação, afim de escolher o melhor dia para a estreia de “A Fazenda de Verão”. Antes anunciada para o dia 29 deste mês, agora vai ter início dois dias depois, a direção da emissora optou pelo dia 31, uma quarta-feira.
Como se sabe, esta edição do reality será feita com anônimos, e não terá animais. Outra novidade anunciada é que o público vai votar para o peão ficar, e não para sair como na edição com famosos.
Crônica: No Lixão com Carminha
“Avenida Brasil” está chegando ao fim. Apesar dos erros: muitos buracos no roteiro, uma barriga cansativa e uma trilha sonora de doer os ouvidos, a obra de João Emanuel Carneiro vai deixar saudades, pois teve mais acertos e o principal deles atende pelo nome de Carminha.
A atuação de Adriana Esteves convenceu até mesmo nos momentos em que o autor escorregou, mas justiça seja feita: no geral, o texto de Carneiro é acima da média, o que falta é ele se adaptar melhor ao número expressivo de capítulos. Caso ele tivesse permanecido no cinema, não me surpreenderia em vê-lo ganhar um Oscar. E a prova disto está em Carminha, uma personagem digna de Dostoievski que ele conseguiu fazer funcionar na televisão.
Não busco discutir quem tem o maior mérito no sucesso da vilã que cativou o país, mas sim homenagear esta criação antológica que transformou “Avenida Brasil” na “novela da Carminha”. Nina perdeu espaço, Cadinho sempre foi odiado e o divino era apenas suportado. Quem carregou a trama nas costas e reinou absoluta foi Carmen Lucia.
Despeço-me desta personagem compartilhando com vocês uma crônica, de minha autoria, sobre a cena em que Carminha divaga bêbada após descobrir a traição de Max
Crônica:
É divino viver, mas há dias que a decepção nos faz pensar que vivemos no lixão. É quando um tufão devasta o coração e parece que só resta sentar à mesa de um bar ouvindo Carminha blasfemar. Faz sentido acreditar que o ser humano deu errado quando nada dá certo. Culpar Rita é o caminho mais fácil, difícil é aceitar que a lambança foi feita por nós mesmos.
Quem achávamos o máximo foi desleal, o amor não chega na vida real e para piorar temos que aguentar às cobranças de Ivana, sobreviver às fofocas de Zezé. Quando pensamos que alguém chega para ajudar, de repente nos deparamos com Jaques Wagner esbravejando: “Me serve, Bahia. Me serve!”. De dominador a dominado. Há dias que já acordamos derrotados.
Vem a vontade de sumir. Sem se importar com mais nada mandamos o motorista tocar para o inferno. Afundamos na Barra Funda em horário de pico. Nem o rico escapa quando o luxo começa a virar lixo. Somos recolhidos como cacos de vidro. Carminha vai na frente, enquanto o carma parece nos seguir logo atrás. Com voz aveludada nos entregamos à Senhora Depressão.
Chorando na cama, batendo o carro ou comendo feito Ágata. Sim, Senhora. Mas é preciso fazer dinheiro, lindo por fora, lixo por dentro. Ninguém percebe o detrimento. Mãe Lucinda cata os restos do coração. Reciclagem para a cabeça não explodir com a poluição dos maus pensamentos.
Não queremos tchu, não queremos tchá, na frustração só queremos apoiar o discurso de Caminha. Vingança e picuinha. O caminhão vai se distanciando, a garrafa esvaziando. É quase o fim e a dor no rim não passa, o cotovelo não disfarça. Mais triste que o núcleo do Cadinho. Um completo lixo de mãos dadas com Carminha no lixão.
Mas eis que algo acontece, a expectativa aumenta, é a reviravolta depois de cem pedradas. A felicidade diz: “Oi, oi, oi” e surpreso espero que no próximo capítulo o lixão em mim vire mansão. Congelo sorrindo.